Nos primeiros tempos de habilitação, acho que é normal com todos, acontecem duas coisas com a gente: Uma é o tesão pela velocidade; a outra é achar que somos o melhor piloto do mundo.
Enquanto não adquirimos alguma experiência e maturidade no trânsito urbano ou na estrada, sobrevivemos de acordo com a competência de cada anjo da guarda. É só depois de uns bons anos que a gente começa a aceitar certas verdades a respeito da velocidade.
Na maioria das vezes, quando não há alguma situação de emergência, o excesso não compensa a pressa, é só uma impressão, um simples engano.
Para o comparativo a seguir, vamos considerar um trecho de 100 km, e as velocidades calculadas sem fração, sem arredondamento.
Acho que todos concordam que de 80 a 100 km/hora (média de 90) é uma velocidade bem segura na maioria das nossas estradas.
A esta velocidade, 90 km/h, você levará 66 minutos para rodar os 100 km.
Se estiver a 100 km/h, vai gastar uma hora (60 minutos) Terá um “ganho” de 6 minutos.
A 110 km/h vai fazer a viagem em 54 minutos, com “ganho” de 12 minutos.
A 120 percorrerá o trecho em 50 minutos, ganhando 16.
A 80 km/h vai fazer a viagem em 75 minutos, com um “prejuízo” de 9.
A 70 km/h vai fazer a viagem em 85 minutos, com um “prejuízo” de 19.
A 60 km/h, ou menos, é melhor ficar em casa, senão poderá provocar um acidente toda vez que for ultrapassado.
Outro aspecto que deve ser considerado, principalmente em trechos longos, é que a maior velocidade faz aumentar o nível de atenção e concentração, que provocam mais cansaço físico e a consequente redução dos reflexos. A situação de risco fica maior.
Tem hora que não tem jeito...
Compare os números e pense bem se vale a pena correr. Para ganhar tempo, não é tanto assim.
Nem sempre tem um leão atrás.
Mas umas esticadinhas de vez em quando fazem parte...
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